HISTÓRIA DA ACADEMIA MAÇÔNICA MINEIRA DE LETRAS

por ABIMAEL DE SOUZA GARCIA

 

SURGE A IDÉIA

Havia em estado latente, a idéia de se criar uma Academia Maçônica de Letras em Minas Gerais. A idéia, como se fosse um vôo de espírito benfazejo, pairava sobre algumas cabeças maçônicas, independente de Potência. Tentativas já havia acontecido, soube-se mais tarde.


Num ágape, no Salão de Festas da Loja “Spisoza” n° 181, que se reúne à Rua Itapetinga, 2000, no bairro Cachoeirinha, sede da Loja “Moral e Razão” n° 023, estavam presentes, entre muitas personalidades do mundo maçônico, o Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja do Estado de São Paulo e o Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Sr. Salim Zugaib e Dr. Celso Sérgio Ferreira, respectivamente, além de muitos irmãos que se confraternizavam naquela festa.


O Ir. Felisbino Cassimiro Ribeiro, poeta, literato, amante das letras, trocadilhista emérito (sem trocadilho), acompanhado do Orador de Ofício da Loja “Reconciliação e Justiça” n° 146, ambos Past-Veneráveis nessa Oficina, entabularam conversação com os dois Grão-Mestres, quando o Irmão Salim Zugaib disse ao Sereníssimo Grão-Mestre Dr. Celso Sérgio Ferreira que estava muito satisfeito com a Academia Maçônica de Letras do Estado de São Paulo e que poderíamos ter a nossa, aqui em Minas e que a mesma poderia ser criada por ATO do Grão-Mestre.


O Grão Mestre Celso Sérgio Ferreira deu a incumbência, naquele momento, ao Irmão Felisbino Cassimiro Ribeiro, acompanhado do Irmão Abimael de Souza Garcia, que passou a sercretariá-lo, a partir daquele dia.

 

NASCE E TOMA CORPO

Os encontros foram sucessivos. Todos os dias. Estamos na fase de cogitação dos nomes para comporem a Academia. Pessoas da mais alta compostura moral e intelectual. O tempo passando. Redação do Estatuto. O número de Cadeiras da Academia obedece ao número dos Inconfidentes, vinte e oito, heróis do movimento de libertação de Minas e do Brasil, tendo Tiradentes a chefiar a todos com a Cadeira n° 01. Joaquim José da Silva Xavier dá à casa o seu nome, pelo qual foi mais conhecido, Tiradentes.


Na reunião da Loja “Guido Mariliere” n°066, na Avenida Brasil, 478, bairro Santa Efigênia, Capital de Minas Gerais, quando houve a palestra sobre as formas de governo a serem discutidas na época – Parlamentarismo, Presidencialismo, Monarquia e outras, foi aprovado o Estatuto pelos integrantes do Grupo Fundador, bem como a Ata Inaugural e eleita sua Diretoria Provisória, para fins de registro e demais medidas necessárias ao bom andamento dos trabalhos.

 

O ATO E A ATA

Pelo Ato n° 543, de 30 de março de 1993, cria-se a Academia Mineira Maçônica de Letras, com sede e foro na Cidade de Belo Horizonte. Este ATO, acompanhado da ATA de fundação e do Estatuto, devidamente assinados pelos dezessete integrantes da fundação, foram levados ao Cartório e, consequentemente, ganhou sua Personalidade Jurídica.

 

AS CADEIRAS E OS PATRONOS

As cadeiras têm como Patronos os seguintes Inconfidentes Mineiros:
01 – Joaquim José da Silva Xavier – O Tiradentes. A seguir na ordem das Cadeiras: Cláudio Manoel da Costa, Tomaz Antônio Gonzaga, Inácio José de Alvarenga Peixoto, José Álvares Maciel, Domingos Vidal Barbosa, Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, Manoel Joaquim de Sá Pinto do Rego Fortes, Antônio Francisco Lisboa, Domingos de Abreu Vieira, Francisco de Paula Freire de Andrade, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Luiz Vaz de Toledo Piza, José Aires Gomes, Antônio de Oliveira Lopes, Vicente Vieira Mota, João da Costa Rodrigues, Victoriano Gonçalves Veloso, José  Martins Borges, José de Resende Costa, José de Resende Costa Filho, João Dias da Mota, Fernando José Ribeiro, Padre José da Silva de Oliveira Rolim, Padre Carlos Correia de Toledo, Padre José Lopes de Oliveira, Padre Manuel Rodrigues da Costa e Cônego Luiz Vieira.

 

OS DEZESSETE FUNDADORES OCUPANTES DAS CADEIRAS

Os ilutres Confrades que compõem a Academia são os seguintes: Jorge Lasmar – Cadeira 01; Abimael de Souza Garcia – Cadeira 04; Acácio Paulino de Paiva – Cadeira 05; Heráclides Leite Ferreira – Cadeira 06; Sebastião Cardoso – Cadeira 07; Frederico Camelier – Cadeira 08; Paulo Duarte Pereira – Cadeira 11; João Alberto de Carvalho – Cadeira 12; Pedro Campos de Miranda – Cadeira 14; Rosemiro Pereira Leal – Cadeira 16; Onéas d’Assumpção Corrêa – Cadeira 17; Norman José de Andrade Junho – Cadeira 19; Reinaldo Bustamante – Cadeira 20; Felisbino Cassimiro Ribeiro – Cadeira 21; Arnaldo Xavier – Cadeira 22; Hipólito Sérgio Ferreira – Cadeira 24; Randolfo Diniz Filho – Cadeira 28.


A primeira reunião da Academia, quando houve o sorteio das Cadeiras foi presidida pelo Dr. Tomaz Luiz Naves, que acabara de assumir o Grão-Mestrado, por desincompatibilização do Grão-Mestre Celso Sérgio Ferreira, que se candidatara à reeleição. O Grão-Mestre de então, logo que a Academia entrou em sua Ordem do Dia, deixou o recinto para atender a outros compromissos anteriormente assumidos.

 

DOIS NOVOS ACADÊMICOS

No dia 05 de março de 1996, dois gigantes foram propostos para fazerem parte do sodalício: Arnaldo Pertence e Walkyr Bastos Marra, ambos afilhados do ilustre Confrade Onéas d’Assumpção Corrêa.

 

MAIS TRÊS ESTRELAS

A AM.M.L., sigla pela qual também é conhecida a Academia, sempre esteve presente e junto das Lojas da Grande Loja, do Grande Oriente de Minas Gerais, das Grandes Lojas Brasileiras e do Supremo conselho, através de nosso Boletim Informativo. É de lá que emanaram as mensagens para todos os Irmãos, a cerca de nossas atividades, e foi dessa forma que demos notícia a todos sobre o ingresso de três novos acadêmicos. Álvaro Enéas Ribeiro Falcão de Almeida, Adilson Savi e Hiroyto Torres Lage, que, em memorável sessão no Templo Nobre, foram empossados e saudados por seus padrinhos, Dr. Hipólito Sérgio Ferreira e Dr. Jorge Lasmar, ambos fundadores.

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